sexta-feira, 19 de junho de 2015

OS SETE MANDAMENTOS DOS PAIS.


Você já viu uma criança puxando a perna do pai ou da mãe, implorando por alguma guloseima ou brinquedo, enquanto o adulto busca nas prateleiras do supermercado as mercadorias de que necessita?

Não demora para que as súplicas do garoto se transformem em choramingo, depois em choro, até que finalmente ele explode num berreiro de romper os tímpanos, gritando: "mas eu quero"!

Talvez você não só tenha visto uma cena assim, mas tenha vivido essa realidade.


Traz opiniões de psicólogos e psiquiatras a respeito do assunto, que podem servir como orientação aos pais que realmente desejam dar uma boa educação aos filhos. Eles estabelecem sete mandamentos básicos:

1º - sejam pais e não colegas. Os filhos precisam de um líder, não de um companheiro. Ser pai ou mãe significa estabelecer limites e impor regras, o que um companheiro não se sente à vontade para fazer.

2º - discipline desde cedo. Nossa tendência, principalmente quando os filhos são pequenos, é tomar a atitude mais fácil. Em vez de ensinar a criança a fazer a cama, enfrentando a má vontade e o choro, achamos mais fácil arrumar a cama nós mesmos.
Muitos deixam para cobrar as pequenas tarefas domésticas quando os filhos estiverem maiores e for mais fácil convencê-los, esquecidos de que, quanto mais se espera, maior será a resistência.

3º - passe mais tempo com os filhos. Os pais podem amar os filhos, mas só isto não basta. Para educar é preciso conhecer, e para conhecer, é preciso conviver.

4º - controle as diversões eletrônicas. Alguns pais não se interessam pelas diversões dos filhos e depois se chocam com a linguagem deles, sem se dar conta de que isso é comum nos desenhos que assistem ou nos programas vulgares que a mídia veicula. Há jogos eletrônicos extremamente prejudiciais à formação da criança, como um de corrida de carros, por exemplo, que premia quem consegue atropelar mais pedestres.

5º - saiba o que seu filho anda fazendo. E não basta saber onde ele está, é preciso saber o que está fazendo mesmo. Afinal, ele pode estar fechado na sala de computador às voltas com jogos violentos ou visitando páginas pornográficas na Internet.


6º - não supervalorize a questão da autoestima. Muitas vezes, na tentativa de elevar a autoestima do filho os pais elogiam até mesmo os feitos que não são verdadeiros.
Se ele é goleiro, por exemplo, e não fez uma só defesa, não se deve diminuí-lo por causa disso, mas também não se deve tratá-lo como um craque.
Os estudiosos afirmam que a verdadeira autoestima vem de vencer desafios. Se você os iludir, dizendo que tudo o que fazem está muito bem feito, eles nunca aprenderão a superar as próprias dificuldades e limitações.

7º - continuem casados. A medida mais importante que os pais podem tomar para ajudar os filhos a crescerem bem ajustados é ficar juntos. Nada se compara a isso, dizem os especialistas.

Diz Sara Mclanahan, professora de sociologia de Princeton, que as crianças que crescem ao lado de apenas um dos pais têm, duas vezes mais chances de abandonar a escola, e as meninas, uma probabilidade duas vezes e meia maior de engravidar na adolescência.

A educação dos filhos é uma arte que merece atenção contínua dos pais. E a esse respeito, nunca houve tanto apoio por parte de profissionais da área como nos dias atuais.

O que nos cabe, portanto, é saber buscar orientações de pesquisadores verdadeiramente sérios e interessados em uma educação efetiva e formadora de homens de bem.

Você sabia?

Você sabia que alguns filhos de pais que trabalham fora crescem bem ajustados?

É porque pais conscientes proporcionam aos filhos um dia-a-dia bem planejado, mesmo estando longe.

Eles programam atividades para depois da escola e contam com a ajuda da família, de amigos e vizinhos.

Isso quer dizer que, mesmo estando fisicamente longe, estão constantemente ocupados e interessados na vida dos pequenos.

(Baseado em artigo da Revista Seleções do Ride’s Digest, 10/99. Pág. 106)

A BELÍSSIMA ORAÇÃO CELTA DO AMOR





"Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalente ódio.
Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.

Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a musica seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.
Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.

Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz.

Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração.

Que em cada amigo o teu coração faça festa, que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins.

Que em teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.

Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível, tocando o centro do teu ser eterno.

Que um suave acalanto te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que o imanente invisível leve o teu viver.

Que o teu coração sinta a presença secreta do inefável!

Que os teus pensamentos e os teus amores, o teu viver e a tua passagem pela vida, sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome. Aquele amor que não se explica, só se sente.

Que esse amor seja o teu acalento secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.
Que a estrada se abra à sua frente.

Que o vento sopre levemente às suas costas.

Que o sol brilhe morno e suave em sua face.

Que respondas ao chamado do teu Dom e encontre a coragem para seguir-lhe o caminho.
Que a chama da raiva te liberte da falsidade.

Que o ardor do coração mantenha a tua presença flamejante e que a ansiedade jamais te ronde.
Que a tua dignidade exterior reflita uma dignidade interior da alma.
Que tenhas vagar para celebrar os milagres silenciosos que não buscam atenção.

Que sejas consolado na simetria secreta da tua alma.
Que sintas cada dia como uma dádiva sagrada tecida em torno do cerne do assombro.
Que a chuva caía de mansinho em seus campos...

E, até que nos encontremos de novo...
Que os Deuses lhe guardem na palma de Suas mãos.
Que despertes para o mistério de estar aqui e compreendas a silenciosa imensidão da tua presença.

Que tenhas alegria e paz no templo dos teus sentidos.
Que recebas grande encorajamento quando novas fronteiras acenam.
Que este amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da Presença que está em ti e em todos os seres.

Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz!"

MENSAGEM!!!!!



A nossa vida é assim, cheia de recomeços. 
Eu amo esses clichês cheios de verdade, porque o que mais 
ouvimos no dia a dia são verdades que ignoramos por preguiça 
ou por já saber o óbvio, mas ao mesmo tempo são delas que 
esquecemos no dia que precisamos lembrar. 


O óbvio nem sempre é o que escolhemos ouvir na hora que 
precisamos de uma resposta. Mas voltando ao começo, 
recomeçar é preciso Devemos entender isso quando uma fase termina. 


Tem gente que recomeça sem terminar a fase atual e aí no final das contas 
está com muitas coisas pela metade, inclusive seus corações. O ser humano 
no pior sentido é assim, detesta sentir dor, e enquanto puder antecipar e pular 
um sofrimento, assim fará. É nossa doença atual, herança da praga moderna. 

Mas é no sofrimento, na tentativa, na frustração que conseguimos ser mais 
humanos no sentido agora positivo da palavra, ser humano é o que falta para nós.
Aí entra o recomeço, o recomeço deveria ser o começar de novo depois da tentativa 

frustrada, depois de apostar todas as fichas, depois de gastar todas as fontes de energia.


É aquela sensação depois do fim de um relacionamento que quando terminou, levou 

embora todos os nossos sonhos de viver uma história de amor, é aquela dor depois 
de perder a vaga tão esperada na universidade, aquela sensação de tristeza depois 
de voltar do enterro de uma pessoa muito querida. Espere seu luto, viva-o intensamente, 
mas quando chegar a hora, recomece.


Recomece sim.
Eu já perdi a conta de quantas vezes eu recomecei do zero. O sol já perdeu a 

conta de quantas vezes ele brilhou depois de um dia cinza. Por mais que hoje 
falte vontade para recomeçar, acredite que o sentido não é um lugar a se chegar mas, 
o trajeto. Somente caminhando descobriremos o sentido ou pelo menos, vamos nos
dar a chance de descobrir outros caminhos.

 É fácil dizer palavras bonitas para alguém que não está olhando nos meus olhos, 
mas também não é fácil escrever sobre, me coloco numa posição arriscada, sabe 
porque assumi o risco? Porque encontrei sentido nisso. E assim é, quando acreditamos 
que a vida não é apenas um jogo de azar achamos nas coisas simples, o nosso grande 
motivador, achamos o amor em diversas esferas da vida, e então, encontramos nosso 
elo perdido, e a vontade para continuar vem enquanto a gente organiza as gavetas do 
armário ou troca a roupa de cama.

Não importa se você caiu mil vezes, levante mais uma vez. Quebrou o coração em mil 

pedaços, cate do chão e cole cada pedacinho, é com cada pedacinho que sua alma vai 
voltar a acreditar no amor. Ainda existe muita coisa para acontecer, a peça ainda não 
teve seu último ato, não saia do teatro depois de uma fala errada, ou depois de um 
aparente desastre. Repita o texto só que agora com mais emoção, se for preciso, 
improvise, arrisque. Vamos lá.

Tem gente que te ama na plateia. Acredite.
Ainda dá tempo.
Corre.



DESEJO DE TUDO UM POUCO!




Sensibilidade...

Para não ficar indiferente diante das belezas da vida.

Coragem...

Para colocar a timidez de lado e poder realizar o que
tem vontade.

Solidariedade...

Para não ficar neutro diante do sofrimento da humanidade.

Bondade...

Para não desviar os olhos de quem te pede ajuda.

Tranquilidade...

Para quando chegar ao fim do dia, poder deitar e
dormir o sono dos anjos.

Alegria...

Para você distribuí-la, colocando um sorriso no
rosto de alguém.

Humildade...

Para você reconhecer aquilo que você não é.

Sinceridade...

Para você ser verdadeiro, gostar de si mesmo,
e viver melhor.

Felicidade...

Para você descobri-la dentro de você e doá-la
a quem precisar.

Amizade...

Para você descobrir que, quem tem um amigo,
tem um tesouro.

Esperança...

Para você acreditar na vida e se sentir uma
eterna criança.

Sabedoria...

Para entender que só o bem existe, o resto é
ilusão.

Desejos...

Para alimentar o seu corpo, dando prazer ao
seu espírito.

Sonhos...

Para poder, todos os dias, alimentar sua alma.

Amor...

Para você ter alguém para amar e sentir-se
amado.

Tenha de tudo, um pouco... e seja feliz!


Boa semana para você!


(desconheço autoria).


Obs: caso alguém saiba quem é o autor(a),
desse texto avise-me para que possa dar os
devidos créditos.


TENHA PACIÊNCIA, MUITA PACIÊNCIA...




A paciência é uma virtude que poucas pessoas têm. Na maioria das vezes, não se contentam com as coisas, no momento em que se nos apresentam, pondo-se a maldizer tudo e a todos, exigindo dos outros aquilo que não pratica.
A paciência é, acima de tudo, sabedoria. É esperar o momento certo de fazer ou de dizer as coisas, sem criar nenhum tipo de rejeição. É a serenidade, diante das dificuldades, impedindo que ações mal pensadas sejam externadas. Não é subserviência, é cautela, é saber esperar a oportunidade exata… é ter a calma necessária….
A paciência é um Dom Divino…. Felizes aqueles que a usam com sabedoria. A paciência é a certeza do que se quer, se busca, se espera…. Não adianta ficar impaciente, isto só irá aumentar o sofrimento, angústia, a agonia, o desespero… e tudo isso faz com que a pessoa se perca em meio aos seus próprios objetivos.
Não se desespere diante das dificuldades…, mantenha-se calmamente, ainda que grande seja a dor e o sofrimento interminável. Espere. Espere. Não tenha pressa… nada acontece por acaso…, tudo tem seu tempo certo.
De nada adianta apavorar-se, desatinar-se…, isto fará com que você tome uma decisão que talvez, mais tarde, poderá lhe custar muito. Não queira resolver tudo ao mesmo tempo,… dedique-se um pouco a organizar as coisas à sua volta…, isto facilitará a sua vida e a dos outros e tornará melhor o seu dia a dia, o convívio com os outros, onde quer que você esteja.
É devagar que se vai ao longe…. Toda grande caminhada começa com o primeiro passo. Tenha paciência, muita paciência.

Fonte: www.belasmensagens.com.br

A SABEDORIA DO BEM

A SABEDORIA DO BEM

Quando, na Antiguidade, alguém queria matar um urso, pendurava uma pesada tora de madeira em cima de uma vasilha com mel.

O urso empurrava a tora com força, a fim de afastá-la do mel. A tora voltava e o atingia.

O urso ficava irritado, feroz, e empurrava a tora com mais força ainda, e esta o atingia por sua vez com muito mais força.

Isso continuava até o urso ser morto.

* * *

Se nos fixarmos nesse fato, numa reflexão rápida e despretensiosa, poderíamos afirmar que as pessoas fazem o mesmo quando pagam o mal com o mal que recebem dos outros.

Pensamos então: Será que nós, seres humanos, não podemos ser mais sábios do que os ursos?

Empurramos a tora cada vez com mais força, mesmo sabendo que ela irá retornar e nos ferir!

As Leis de Deus - em especial a lei de causa e efeito º é muito precisa ao nos revelar esta sua característica.

Todas nossas ações são causas que irão sempre gerar uma consequência no Mundo.

Quando retribuímos com voz alterada e raivosa, uma palavra agressiva que nos fere o íntimo, estamos apenas empurrando a tora, e esquecendo o mel.

Nesta analogia, o mel seria o entendimento com o outro, a felicidade, a paz que tanto desejamos.

Só que, comumente, acabamos por nos entreter tanto com os empurrões da tora, que acabamos deixando o mel, a felicidade, esquecida num canto.

O objetivo do urso nunca será empurrar a tora. Sua meta é o mel, o alimento. A tora é um obstáculo a se contornar, um desafio apenas.

Se o animal pudesse raciocinar como o ser humano, nesta situação em particular, certamente pensaria numa forma de cortar a corda que sustenta a tora, ou num jeito de retirar o pote de mel debaixo dela.

Esta é a sabedoria do bem. Procurar outra alternativa que não a de retribuir o mal com o mal.

A sabedoria do bem proporciona, ao recebermos palavras amargas, uma pequena reflexão antes da reação eminente.

A sabedoria do bem busca compreender o momento do outro, a dor do outro, a angústia e infelicidades íntimas que o moveram a soltar pela boca o veneno que guarda na alma.

A sabedoria do bem nunca é conivente com o mal, e nem mesmo tolerante com ele. É, sim, compreensiva com o outro ser. Tolerante, indulgente com seu irmão.

A sabedoria do bem requisita criatividade, para que consigamos abrir a mente e pensar em outras soluções para resolver nossos problemas, que não a vingança.

A vingança será sempre a ação mais reativa, menos pensada, e que trará, sem dúvida alguma, a tora de volta para nos machucar tantas e tantas vezes.

A sabedoria do bem requisita amor. Amor pela vida, pelo Criador, sabendo que nenhum desastre, nenhum mal nos alcança sem razão.

Só quem ama o Criador confia em Seus desígnios, confia que tudo acontece para nosso bem, e desta forma não cultiva ódio por seus opositores na Terra, apenas compaixão.

Só a sabedoria do bem consegue eliminar os círculos viciosos nos quais nos aprisionamos ao longo dos milênios.

Só a sabedoria do bem em ação irá expulsar deste Mundo a guerra, o ódio e a violência.

* * *

O verdadeiro ensinamento do amor é forte: ele mata o mal antes que o mal possa crescer e tornar-se poderoso.

Gramática com textos: 9º ano - modalizadores do discurso

Publicado por 
Objetivo(s) 
Conhecer expressões modalizadoras do discurso;
analisar o papel dos modalizadores no texto.
Conteúdo(s) 
Expressões modalizadoras.

Ano(s) 
Tempo estimado 
Sete aulas.
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Introdução 
Esta é a última de uma série de 16 sequências didáticas que fazem parte de um programa de estudo de gramática para 6º a 9º ano do Ensino Fundamental. 
Comece a aula anotando no quadro a manchete abaixo. Informe aos alunos que ela foi publicada na primeira página de um jornal.
Para erradicar a pobreza, Brasil teria de gastar mais R$ 21,3 bi 
(Folha de S. Paulo, 14 nov. 2010)
Peça que os alunos, em dupla, analisem-na segundo os seguintes aspectos:

a) o que a manchete apresenta como tema?
b) como esse tema é apresentado, quais recursos linguísticos chamam a atenção dos alunos?
c) qual o efeito de sentido, ou seja, o impacto causado pelas escolhas dos recursos mencionados no item acima?

Dê um tempo para a realização da atividade e corrija-a com a moçada.

a) Tema: os gastos necessários para a erradicação da pobreza no Brasil.
b) Recursos utilizados:
- inversão da ordem direta;
- uso do futuro do pretérito - teria;
- uso do advérbio mais.
c) Efeitos de sentido:
- ao inverter a ordem direta e começar a frase com a finalidade da ação, o autor dá mais ênfase ao objetivo (erradicar a pobreza) do que à ação necessária para alcançá-lo (gastar mais R$ 21,3 bi).
- o uso do futuro do pretérito lança dúvidas sobre a realização da ação.
- o uso do advérbio mais dá a ideia de que o que se gasta hoje não é suficiente e deixa claro que é preciso colocar um valor extra para alcançar o objetivo.

Para terminar, proponha a reescrita da manchete. Peça que os alunos busquem alternativas para substituir a caráter de possibilidade por uma ideia de certeza. Sugira também que coloquem ênfase na ação que deve ser tomada para erradicar a pobreza.

Dê um tempo para a realização da atividade e, em seguida, peça que os alunos apresentem suas opções. Algumas construções possíveis são:

Brasil gastará mais R$21,3 bi para erradicar a pobreza
Brasil terá de gastar mais R$21,3 bi para erradicar a pobreza

2ª etapa 
Mostre à classe outras duas manchetes publicadas na primeira página do mesmo jornal. 

Com atraso, Campos de Jordão vai tratar esgoto
Corinthians vence o Cruzeiro com pênalti polêmico e é líder

Peça que os alunos identifiquem nelas as marcas do juízo de valor deixadas pelo enunciador (aquele que escreve o texto). Dê um tempo para que as duplas discutam.

Durante a correção, chame a atenção da moçada para a expressão com atraso, colocada na primeira manchete. Ela mostra o viés que o enunciador quer dar ao texto. Peça que a classe observe também o papel do adjetivo polêmico, usado na segunda manchete para mostrar um julgamento a respeito do pênalti que deu a vitória ao Corinthians.

Após a análise das manchetes, explique aos alunos que, ao produzirmos um texto oral ou escrito, usamos expressões que podem sugerir o nosso ponto de vista - reforçando-o ou atenuando-o. Essas expressões são chamadas de expressões modalizadoras. Elas podem ser constituías por verbos, advérbios, adjuntos adverbiais, adjetivos etc.

Nas manchetes analisadas, foram usadas algumas fórmulas linguísticas que sugerem o ponto de vista dos autores a respeito do mundo. Diga aos alunos que é interessante perceber o uso desses dispositivos e considerá-los na hora de analisar o texto. Explique que o leitor deve se perguntar, por exemplo: terá mesmo sido polêmico o pênalti corintiano? Ou essa é apenas a opinião do jornalista?
3ª etapa 
Coloque no quadro o seguinte trecho da Gramática Houaiss da Língua Portuguesa:

"A modalização diz respeito à expressão das intenções e pontos de vista do enunciador. É por intermédio da modalização que o enunciador inscreve no enunciado seus julgamentos e opiniões sobre o conteúdo do que diz/escreve, fornecendo ao interlocutor ¿pistas¿ ou instruções de reconhecimento do efeito de sentido que pretende produzir. (...)

a) É possível que chova no Carnaval. (Suposição)
b) É necessário que chova no Carnaval. (Necessidade)
c) Vai chover no Carnaval. (Certeza)"

AZEREDO, José Carlos. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008

Comente a definição com a turma e certifique-se de que o conteúdo está claro. Caso haja necessidade, discuta as dúvidas dos alunos.

Feito isso, proponha à classe a leitura do boletim meteorológico abaixo. Peça que os alunos identifiquem os trechos assertivos e aquele onde há modalização indicativa de atenuação.

Chove em grande parte do Brasil
As chuvas se espalham pelo país, atingindo faixa que vai de SC até AM. As pancadas são isoladas no Nordeste. Já no Sudeste e no Centro-Oeste, há risco de temporais, sobretudo no sul de MG e RJ.
Folha de S. Paulo, 22 de nov de 2010, Caderno Cotidiano, C 2.

A classe deve perceber que os verbos chove e são, colocados no presente do indicativo, dão a ideia de certeza. Já a expressão há risco de temporais indica uma atenuação, mostrando que existe uma possibilidade que pode ou não se concretizar.

Proponha que a turma reescreva o boletim de modo que o caráter assertivo seja substituído pela possibilidade ou probabilidade.

Uma opção de resposta é:

Pode chover em grande parte do Brasil
As chuvas podem se espalhar pelo país, atingindo faixa que vai de SC até AM. As pancadas podem ser isoladas no Nordeste. Já no Sudeste e no Centro-Oeste, há risco de temporais, sobretudo no sul de MG e RJ.

Proponha que os estudantes realizem o mesmo exercício, utilizando a previsão astrológica abaixo. 

Áries (21 de mar. a 20 de abr.).
Lua em Gêmeos favorece estudos, comunicação e contatos sociais em geral. Sol em Sagitário traz quatro semanas ótimas, para você desenvolver melhor sua espiritualidade, explorar com mais afinco novas maneiras de viver.
Folha de S. Paulo, 22 de nov de 2010, Caderno Ilustrada, E11

Uma opção de resposta é:

Áries (21 de mar. a 20 de abr.).
Lua em Gêmeos pode favorecer estudos, comunicação e contatos sociais em geral. Sol em Sagitário indica a possibilidade de quatro semanas ótimas para você desenvolver melhor sua espiritualidade, explorar com mais afinco novas maneiras de viver.

Corrija os dois exercícios. Mostre à turma que os dois gêneros textuais (previsão do tempo e astrologia) são baseados em probabilidades e deveriam, a rigor, ser descrito por meio de expressões modalizadoras de atenuação. Isso, no entanto, tiraria a força persuasiva das afirmações. Opta-se, então, por frases mais assertivas.
4ª etapa 
Inicie a etapa explicando aos alunos que eles vão ler um texto que começa com a palavra infelizmente. Pergunte a eles o que essa palavra sugere. Ouça o que têm a dizer. Incite-os a construir oralmente períodos em que a palavra se apresente.

Em seguida, entregue o texto à classe.

Brutalidade não pode ser reação à cantada 
Jairo Bouer
INFELIZMENTE, em menos de um mês tenho que voltar ao tema da violência gratuita, face aos incidentes que aconteceram em plena avenida Paulista, quando um grupo de quatro menores e um garoto de 19, todos de classe média e teoricamente "educados", agrediram outros jovens.

A coluna está sendo escrita um dia após os agressores terem sido liberados pelas autoridades responsáveis. Há indícios (segundo a própria polícia) de que a motivação para alguns dos ataques no dia 14 tenha sido a homofobia.

A defesa alega que não houve homofobia, mas uma simples briga de jovens, talvez motivada por um suposto flerte de um dos garotos que foi agredido. Os agredidos e outras testemunhas negam que houve qualquer tipo de contato anterior e dizem que os agressores já chegaram batendo.

Vamos supor que houve uma briga que nasceu de uma cantada. Desde quando a forma de se reagir a qualquer tipo de cantada, vindo ela de homens ou de mulheres, é uma agressão brutal? Cinco garotos atacando um jovem sozinho é uma simples briga? Na melhor das hipóteses, é pura covardia. Na pior, é um ato preconceituoso e bárbaro.

Não dá para admitir tal comportamento como sendo natural, um rito de passagem, agressividade normal de meninos, necessidade de afirmação frente ao grupo e falta de limites colocados pelos pais, entre outras alegações. É uma selvageria inadmissível e, para isso, existe lei, julgamento e eventuais responsabilizações.

Tendo a achar que a melhor maneira de aprender é trabalhar aquilo que é sensível. Assim, que tal colocar alguém que não sabe lidar com sua própria agressividade em um trabalho comunitário com vítimas de violência contra a mulher, de preconceito e de homofobia? Talvez, no contato com aquilo que incomoda, a gente cresça e aprenda a ser um adulto melhor.

Pergunte o que acharam do texto e o que pensam sobre a violência juvenil. Promova uma discussão em classe sobre o tema.
5ª etapa 
Após a discussão, releia o texto com a classe assinalando as modalizações realizadas. No primeiro parágrafo, marque as palavras infelizmentegratuita teoricamente.

No terceiro parágrafo, encontram-se simplestalvez e suposto. Mostre aos alunos como essas palavras são utilizadas pela defesa dos jovens agressores, visando diminuir a gravidade do fato. A suposição elaborada pelos advogados atrela-se a palavras indicativas de hipóteses - talvez e suposto. A ela se contrapõe as afirmações dos agredidos e das testemunhas que aparecem no mesmo parágrafo. Eles negam que houve qualquer tipo de contato anterior e dizem que os agressores já chegaram batendo. Chame a atenção da classe para a assertividade presente nessas frases.

No quarto parágrafo, o autor do texto parte da suposição lançada pela defesa dos agressores e a problematiza. Isso se dá por meio de duas questões em que o juízo do enunciador é reforçado por meio dos adjetivos: agressão brutal, simples briga. Na afirmação seguinte, a adjetivação também se apresenta: pura covardia, ato preconceituoso e bárbaro.

No quinto parágrafo, analise com a moçada a expressão inicial - não dá para admitir tal comportamento - e as palavras inadmissível eventuais. A palavra inadmissível poderia ser tirada do texto sem prejuízo à mensagem. Sua presença, no entanto, marca o posicionamento de repulsa do enunciador. O uso da palavra eventuais associada a responsabilizações evita a condenação sem provas e remete, indiretamente, à instância legal.

No último parágrafo, o enunciador mostra uma possível via de punição. Ele, entretanto, atenua o caráter de verdade de sua proposta ao usar as expressões Tendo a achar que e Talvez, no contato com aquilo que incomoda, a gente cresça e aprenda a ser um adulto melhor. 

Solicite que os alunos redijam um parágrafo comentando o texto de Jairo Bouer. Eles devem usar algumas das seguintes expressões modalizadoras: é certo quefelizmenteinfelizmente, inadmissível, provavelmente e talvez.
6ª etapa 
Dedique uma aula à leitura pelos alunos dos textos produzidos. Observe se o uso das expressões modalizadoras foi realizado corretamente.

É interessante que a discussão sobre violência juvenil ultrapasse os limites da sala de aula. Se possível, exponha o artigo de Jairo Bouer e os textos dos alunos no mural da escola.
Avaliação 
Proponha que os alunos leiam o texto abaixo e realizem a atividade a seguir.

Origens da Linguagem
A questão da origem da linguagem ou, em outros termos, da evolução do comportamento comunicativo do humano é altamente controvertida, dada a inexistência de provas e testemunhas factuais, diferentemente da evolução da espécie humana, para qual existem evidências concretas. Isso tornou o tema sujeito às mais inusitadas divagações e propostas fantasiosas. Uma das primeiras teorias sobre a origem da linguagem humana é que as palavras surgiram da tentativa de imitar os sons produzidos pelos animais, como quá-quá, bem-te-vi, cuco, e os sons da natureza circundante, como o farfalhar das folhas, o correr das águas, o barulho do vento e da chuva, por meio de sons sibilantes ou chiantes, como s, z, ch, de nasais murmurantes, como m e de líquidas como l e r. A imitação tornava-se a palavra que designava o objeto. Essa teoria, conhecida como teoria onomatopaica, evoca a seu favor a existência de onomatopéias em todas as línguas. Além disso, é comum a mãe, ao mostrar o filho pequeno um livro com animais, dizer-lhe: olha o au-au, olha o miau, olha o cocoricó, olha o muu, nomes que muitas vezes a criança usa para se referir ao cachorro, gato, galo e vaca. No entanto o elo perdido está em saber como de au-au passa a ser cachorro, de miau a gato, de muu a vaca.

Outra possibilidade proposta, muito semelhante à explicação onomatopaica, foi a de identificar o germe da linguagem nas interjeições. Os primeiros sons produzidos pelos homens teriam sido exclamações de dor, alegria, desespero, espanto, surpresa, o que também não explica como se passou do estágio dos gritos expressando emoções à linguagem articulada de frases como eu estou com dor, eu estou feliz, eu estou desesperado etc.

FRANCHETTO, B. e LEITE, Y. Origens da Linguagem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004, pp11-12.

Atividades:
a) Identificar as expressões modalizadoras presentes nos dois primeiros períodos do texto.
b) Produzir um texto resumindo e comentando o trecho lido. Nele, os alunos devem usar duas expressões modalizadoras diferentes das utilizadas pelas autoras.
Quer saber mais?
Bibliografia 
AZEREDO, J. C.. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008.
CASTILHO, A . T. Gramática do Português Brasileiro. São Paulo: Editora Contexto, 2010.
FRANCHETTO, B. e LEITE, Y. Origens da Linguagem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004,
NEVES, M. H. N. Gramática de Usos do Português. São Paulo: Editora UNESP, 2000.